sexta-feira, 17 de abril de 2009

O novo ENEM

O ministro da Educação, Fernando Haddad, vai anunciar hoje a mudança definitiva do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A prova inovou ao cobrar competências e habilidades, de uma maneira interdisciplinar, ao ser feita pela primeira vez em 1998. A ideia agora é que o exame cobre também o conteúdo que deveria ter sido aprendido no ensino médio. Com isso, ele passaria a ser usado como a primeira fase dos vestibulares das 55 universidades federais do País.

Fora a mudança no formato, a novidade é o fato de uma prova só selecionar candidatos para todas as federais, poupando tempo e estresse dos vestibulandos. A inspiração é o SAT, aceito em todas as universidades americanas e que pode ser feito várias vezes ao ano. O aluno envia para a instituiçao em que pretende estudar a melhor de suas notas.

Aqui, também se pensa em oferecer o Enem não só uma vez por ano, o que acabaria de vez com a maior característica do vestibular brasileiro: hoje, uma só prova muitas vezes é decisiva para o futuro de milhares de jovens.

As universidades federais ainda discutem se aceitam ou não a proposta do MEC de mudança do vestibular. O ministro, no entanto, resolveu remodelar o Enem de qualquer jeito, numa tentativa de forçar a aprovação da proposta de novo vestibular pelas federais. Segundo estimativas do ministério, 35 delas já estariam dispostas a dizer "sim" ao ministro

O novo Enem deve passar a ter 200 questões (hoje são 63). A prova seria feita em outubro, em dois dias, e não mais em agosto, como sempre ocorreu. Seriam quatro partes: linguagens, matemática, ciências naturais (química, física, biologia) e ciências humanas (história, geografia, filosofia, sociologia).