quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Atrigo do Clube Mundo.

Leia com atenção o artigo do clube mundo desta semana brilhantemente escrito por Demétrio Magnoli.

5/12/2007 A Venezuela e o Mercosul
Lula pronunciou essas palavras depois da aprovação, pela Assembléia Nacional venezuelana, do texto de reforma constitucional que vai a referendo nesse domingo. O texto não se limita a estabelecer a possibilidade de reeleição ilimitada do chefe de Estado mas reinventa o Estado venezuelano pela transformação do presidente na fonte exclusiva da lei.
Os artigos 337, 338 e 339 permitem que o presidente declare estado de exceção, por tempo ilimitado, sem escrutínio da Corte Suprema e com a revogação do direito à informação. Esses artigos contrariam a letra da Convenção da ONU sobre Direitos Civis e Políticos, em vigor desde 1976, e da Convenção Americana sobre Direitos Humanos, da OEA, em vigor desde 1978.
A federação converte-se em obra do arbítrio presidencial. O artigo 156 permite ao presidente, à sua vontade, criar ou eliminar estados, municípios e territórios federais. Pelo artigo 164, retira-se dos estados o direito de organizar a divisão político-administrativa municipal.
Adicionalmente, no artigo 11 concede-se ao presidente o direito irrestrito de criar “regiões estratégicas de defesa” e designar autoridades especiais para administrá-las.
A vontade do povo deixa de ser definida pelo voto popular. O artigo 16 estabelece a comuna (cidade) como “unidade política primária” e o artigo 136 cria o “poder popular”, que “não nasce de sufrágio ou eleição qualquer, mas da presença dos grupos humanos organizados como base da população”, em conselhos comunais de trabalhadores, camponeses, estudantes, mulheres, jovens ou idosos. Tais conselhos ganham reconhecimento por decretos presidenciais de constituição de comunas e são financiados por uma reserva orçamentária fixa.
O poder judiciário é extirpado de sua independência. De acordo com os artigos 264 e 265, uma maioria simples da Assembléia Nacional nomeia e remove, a qualquer momento, os juízes da Corte Suprema. Os órgãos de “poder popular” participam da indicação de candidatos a juízes. O mesmo sistema, de acordo com o artigo 295, é aplicado ao Conselho Nacional Eleitoral, o que assegura à atual maioria legislativa o controle sobre as regras e a fiscalização das eleições.
A política externa chavista é consagrada como preceito constitucional. Pelo artigo 153, a Venezuela deve unificar a América Latina numa Pátria Grande ou, nas palavras de Simón Bolívar, “uma Nação de repúblicas”. As forças armadas são definidas como “anti-imperialistas” e renomeadas, pelo artigo 328, como “Força Armada Bolivariana”. Os reservistas passam a constituir uma “Milícia Nacional Bolivariana”.
Remove-se a interdição de participação dos militares em atividades políticas, conservando-se apenas a de figurarem como ativistas de partidos políticos.
O título Duce, que significa “líder”, em italiano, foi usado pela primeira vez pelo rei Vittorio Emanuele III em 1915, em seguida pelo intelectual e mentor de Mussolini, Gabriele D’Annunzio, durante sua efêmera regência auto-proclamada de Carnaro, no Fiume, em 1920, e depois pelo próprio Mussolini, a partir da instalação da ditadura, em 1925. A reforma constitucional venezuelana representa a entrega do título de Duce a Hugo Chávez, que como Mussolini fala num “novo socialismo”. O dístico mussolinista, “tudo no Estado, coisa nenhuma contra o Estado, nada fora do Estado”, condensa o sentido da nova constituição chavista, que identifica o Estado à vontade do caudilho. Em campanha para o referendo, Chávez emprega o rótulo de “traidor” para se referir aos defensores do voto no “Não”, inclusive os aliados de ontem, que sustentaram seu poder legítimo na hora do golpe de 2002.
É que o Duce é a Pátria e divergir do Duce equivale a trair a Pátria.Segundo Lula, “democracia é assim: a gente submete aquilo que acredita, o povo decide e a gente acata o resultado”. Tragicamente, ao que parece, nosso presidente descreveria nesses termos a elevação de Napoleão Bonaparte a cônsul, cônsul vitalício e imperador, e a nomeação de Hitler como Führer, que é tradução literal de Duce. Nesses casos clássicos, como em tantos outros, a democracia degradou-se em tirania no líquido de sucessivos referendos.
Democracia não é um continente inexplorado. O conceito tem história e seu sentido está impresso na experiência das sociedades, no texto das leis, no corpo dos tratados. O Protocolo de Ushuaia, firmado pelas nações do Mercosul, assim como por Chile e Bolívia, abre-se com o artigo que diz: “A plena vigência das instituições democráticas é condição essencial para o desenvolvimento dos processos de integração entre os Estados Partes”.
O Congresso Nacional examina o ingresso venezuelano no Mercosul. “Os governos passam, mas a sociedade e o país Venezuela ficam”, argumentou o líder do governo na Câmara, José Múcio Monteiro, justamente quando Chávez identifica constitucionalmente a Venezuela, como nação e Estado, ao seu próprio regime. O ministro Celso Amorim, das Relações Exteriores, circundou o obstáculo do Protocolo de Ushuaia invocando os interesses de integração comercial, um raciocínio similar ao de Chico Alencar, líder do PSOL na Câmara, que só defende a democracia quando isso lhe parece oportuno. O governo Lula e seus aliados têm o direito de julgar que o Protocolo de Ushuaia representa um equívoco na trajetória do Mercosul, de propor à sociedade brasileira a sua revogação e de sugerir uma via estreitamente econômica para a integração regional. Mas eles agem contra o interesse nacional quando, ocultando suas posições de fundo, ignoram o tratado e subordinam a palavra empenhada pelo Brasil à lógica da balança comercial. O Congresso Nacional tem a obrigação de fazer cumprir o Protocolo de Ushuaia, que é lei, rejeitando por hora a pretensão venezuelana.

Demétrio Magnoli

domingo, 2 de dezembro de 2007

Tendências para UFBA

Link com três questões excelentes e super atuais.
Click e vá para as páginas de 6 a 8.

http://www.puc-rio.br/vestibular/repositorio/provas/2008/download/provas/VEST2008PUCRio_GRUPO2_01112007.pdf

Divirtam-se.

Quem sabe cai na 2 etapa???

Observe o mapa seguinte.
Fonte: Educação Ambiental. Rio de Janeiro: CEDI/CRAB, 1994.IN GIANSANTI, Roberto. O Desenvolvimento sustentável. São Paulo: Atual, 1999.
a) A partir do mapa, apresente duas ações responsáveis pelo recuo das florestas tropicais.
b) Analise duas conseqüências resultantes do desmatamento destas áreas.
Resposta esperada:

a) Expansão das fronteiras agrícolas com a instalação de projetos agropecuários; extração de madeira para fins comerciais; implantação de grandes projetos de extração mineral; grandes obras de infra-estrutura, como hidrelétricas.
b) Entre as conseqüências do desmatamento podemos apresentar:
- a perda da biodiversidade; empobrecimento/lixiviação dos solos;
- alteração na rede de drenagem;
- mudanças no regime de chuvas.

Eu, etiqueta

O sempre contemporâneo, Carlos Drummond de Andrade.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

+ pérolas

É mais comum do que pensamos.

Para segunda fase da UFBA

O que não podemos fazer.











Do The Evolution - Pearl Jam

Esta música faz parte do CD Yield, lançado em 98, que marca o retorno da banda. O Clipe, diga-se de passagem, sensacional foi concebido por Todd Mcfarlane, desenhista do Homem-Aranha nos anos 90. Apesar de quase dez anos, as imagens e a letra da música já demonstravam sinais de "novos" dias.

Na minha humilde opinião um dos melhores clipes do mundo no gênero.

sábado, 24 de novembro de 2007

Dica - Migrações na Europa.

Alemanha: Principal país receptor de imigrantes desde o final da 2ª Guerra Mundial, esse país possui cerca de 7,3 milhões de imigrantes, que correspondem a 9% de sua população total. Os imigrantes são principalmente de origem turca e estima-se que o país abriga 1 milhão de estrangeiros em situação irregular.
Áustria: Com 9,8% de sua população constituída por estrangeiros, a Áustria viu crescer nos últimos anos os partidos de direita, contrários a forte entrada de estrangeiros. Recentemente, o país aprovou uma lei que obriga todos os imigrantes oriundos de países não comunitários (que não pertencem a UE) a aprenderem o alemão.
Bélgica: Os imigrantes são principalmente oriundos do leste europeu, e correspondem a 8,3% da população total desse país. Estima-se entre 50 mil e 75 mil o número de estrangeiros clandestinos.
Dinamarca: No ano 2000 os imigrantes correspondiam a aproximadamente 4,8% da população.
Espanha: com cerca de 1,3 milhão de imigrantes, esse país apresentou grande crescimento imigratório. Em 1992 cerca de 1,9% da população total era de estrangeiros passando para 4,7% em 2002. Muitos desses imigrantes são de antigas colônias como Equador, Colômbia, Peru, Rep. Dominicana e Filipinas, como também muitos chegam de Marrocos, China e Romênia.
Finlândia: Cerca de 1,7% da população é de imigrantes, sendo majoritariamente originária dos países da ex-União Soviética.
França: Sua população imigrante é composta principalmente por mulçumanos do norte da África, nascidos em países como Marrocos, Argélia e Tunísia, perfazendo hoje 5,6% de seus habitantes. Os imigrantes clandestinos estão sendo gradativamente expulsos, sendo que em 1997 os franceses deportaram cerca de 7 mil imigrantes.
Grã Bretanha: 4% da população é de imigrantes, sendo que 39% destes são originários de países da União Européia. Também o país tem expressiva presença de asiáticos, destacando-se entre eles os originários do Bangladesh, Paquistão e Índia.
Holanda: No ano 2000 os imigrantes correspondiam a 4,1% da população.
Irlanda: Os imigrantes são responsáveis por metade do crescimento demográfico. O governo, preocupado com o processo de “estrangeirização”, vem limitando significativamente o acesso à naturalização pedida por imigrantes.
Itália: Cerca 2,2% da população é de imigrantes, com o país aumentando o número de repatriados nos últimos anos. Em 2000 o número de imigrantes que se fixou na Itália aumentou cerca de 13,8%.
Luxemburgo: 70% do crescimento demográfico deve-se à chegada de imigrantes neste país, que possui rigoroso sistema de vigilância em suas fronteiras. Portugal: 5% da população total é de imigrantes, originários principalmente da Ucrânia, Cabo Verde, Brasil e Angola.
Suécia: 5,5% da população era de imigrantes no ano 2000.
Devido ao elevado padrão de vida, a Europa é um dos continentes que mais recebe pedidos de refúgio político ou econômico. Em 2001, registrou-se na União Européia um total de 366.269 pedidos de asilo

Tendências para UFBA, fiquem atentos.



Clique na questão para ampliá-la.

Observe atentamente!

Esta é uma das visões sobre os biocombustíveis, você concorda?

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Artigo do Clube Mundo

Volver a los 17?

Karl Marx alertou sobre o fato de que o capitalismo desenvolveria ao máximo as forças produtivas, até o momento em que o modo de produção, baseado na propriedade privada e na busca incessante de lucro, se tornaria um impedimento ao seu livre desenvolvimento; se o capitalismo não fosse substituído por outro sistema, mais desenvolvido e mais humano – isto é, o socialismo -, as forças produtivas seriam transformadas em forças destrutivas. Vamos entender isso um pouco melhor.Em linhas bem gerais e esquemáticas: as forças produtivas são a própria natureza, a ciência e a técnica (ct) e o próprio ser humano. Ao longo da história, o ser humano, na luta para domesticar a natureza, organizou-se das mais distintas formas, assim desenvolvendo a ct. A maneira pela qual as sociedades se organizam (modo de produção) sempre corresponde a um determinado grau de desenvolvimento das forças produtivas. Por exemplo: o capitalismo, na era industrial, permitiu o tremendo desenvolvimento da ct, até o ponto que conhecemos hoje; tal desenvolvimento não poderia ter acontecido, digamos, no feudalismo, pois a condição para o desenvolvimento da indústria foi a existência simultânea do burguês empreendedor e do trabalhador assalariado, isto é, o modo de produção capitalista.A coisa toda funciona bem até o ponto em que o crescimento das forças produtivas é emperrado pelo modo de produção. Aqui, surge uma questão vital: o capitalismo é capaz de desenvolver ao infinito a ciência e a técnica. Daí, muitos concluem que o socialismo não está colocado na ordem do dia, segundo o raciocínio de Marx, para quem só pode haver a revolução no caso de uma contradição entre a evolução das forças produtivas e o modo de produção. Mas esse argumento é vulgar. Para o marxismo, não há uma equiparação, uma equivalência, um sinal de igualdade entre as forças produtivas. O ser humano é o centro da preocupação de Karl Marx.Isso significa que o desenvolvimento da ct só tem significado se ele servir para aumentar o bem-estar do ser humano, seu acesso às riquezas culturais e naturais, às condições dignas de vida. Não é, em hipótese alguma, aquilo que o capitalismo produz.É verdade que o ser humano criou uma estação espacial, lançou robôs interplanetários, domina vastas áreas da biologia, é capaz de obras monumentais etc. etc. E daí? Vamos nos deter, por exemplo, na questão alimentar, a mais básica e sagrada para todo ser humano.Em 1950, quando o planeta era habitado por 2,5 bilhões de pessoas, a humanidade em seu conjunto era capaz de produzir uma quantidade média de 2.500 calorias por dia por habitante. Hoje, quando somos 6 bilhões, somos capazes de produzir 2.750 calorias por dia por habitante. Isto é, mesmo com o acelerado crescimento, produzimos mais alimentos do que o necessário, graças às novas tecnologias. Mas aumenta o número de famintos no mundo. As resoluções da ONU já não falam em “erradicar a fome”, como postulavam até o início dos anos 80, mas falam em alimentar “metade dos famintos”. Como eles são calculados na casa do bilhão, então a ONU condena a morrer de fome pelo menos 500 milhões de seres humanos!É a isso que Marx se referia, quando falava em crescimento das forças destrutivas. O mesmo raciocínio pode ser estendido a todos os outros setores vitais, como medicina e saúde, educação, lazer etc. Os benefícios do capitalismo só são estendidos aos que têm dinheiro para pagar por eles. E mesmo assim, quando o sistema é tomado em seu conjunto, vemos que a competição desenfreada entre os vários grupos capitalistas conduz o planeta ao desastre global.É esse o quadro que indica a total, urgente, vital atualizada da revolução. Se a experiência soviética sucumbiu, isso não significa o fim da luta pelo socialismo, nem prova o suposto fracasso histórico do marxismo. Prova, apenas, que o socialismo é incompatível com a burocratização da sociedade, com o autoritarismo; em uma palavra, com o stalinismo. Ao contrário, mais do que nunca vigora a alternativa posta por Rosa Luxemburgo e por todos os marxistas que não se deixam seduzir pelo canto vulgar das possibilidades impossíveis do capitalismo: socialismo ou barbárie!

José Arbex Jr.

Para os meus alunos que estão prestando vestibular e inicando uma nova etapa em suas vidas.

Seja diferente.

Quando perguntávamos aos entrevistados de uma pesquisa qual a razão da admiração que sentiam por quem consideravam “ pessoas de sucesso “, a resposta era quase sempre : - Essa pessoa é “ diferente “
E quando perguntávamos – “ diferente “ em que ? A resposta era quase sempre –“ Diferente em tudo !”
De fato, as pessoas de sucesso – sejam elas o que forem – são “ diferentes “ as demais. Elas pensam de forma diferente. Agem de forma diferente. Enxergam a vida e o mundo de maneira diferente.
Elas são mais positivas. Acreditam em si próprias. Conseguem enxergar oportunidades nas crises. Elas participam mais. Comprometem-se mais. Terminam as coisas que começam. Dão atenção aos detalhes em tudo o que fazem. São polidas e educadas e além da “ boa intenção “ têm muita sensibilidade e empatia para colocar-se no lugar das outras pessoas.
Elas ouvem, mais do que falam. Elas respeitam as opiniões alheias. Elas sabem dizer “ eu não sei “ e dizem com freqüência “ eu não compreendi…”. São pessoas simples e objetivas. Não usam vocabulário rebuscado e complexo. Falam e agem com simplicidade e têm muito foco em tudo o que fazem.
Daí a “ diferença “. A diferença positiva está mais na simplicidade do que na complexidade, mais na humildade do que na arrogância, mais no “ ser “ do que no “ ter”.Pense nisso. Seja “ diferente “. Saia da vala comum dos que pensam, falam e agem dentro da mesmice e da mediocridade.
Um forte abraço,
sucesso a todos.